Tempo é artigo de luxo. Nunca temos o suficiente e o pouco que temos perdemos com o que não deveríamos. Diferente do que pregava o grande Renato Russo não temos todo o tempo do mundo e os dias passam impiedosamente sobre nossos olhos.
Sinceramente, já perdi as contas de quantas vezes me peguei pensando na fragilidade humana diante do tempo. Vivemos os dias, mas não aproveitamos os momentos. Acreditamos em segundas chances, mas não apagamos as mágoas que ficaram da primeira. Queremos que tudo aconteça rápido, mas não tomamos atitudes para isso. A verdade é que ainda não entendemos o papel do tempo e sua forma de agir em prol do homem.
O tempo não representa uma unidade de medida certeira capaz de mudar o rumo das coisas através dos minutos, dos dias ou dos meses. Inclusive, sobre isso, Einstein chegou a afirmar que “o tempo é relativo e não pode ser medido exatamente do mesmo modo e por toda a parte”.
Que o tempo é curto e a vida efêmera todos sabem. Aproveitar os momentos que nos são ofertados e usufruir de boas companhias que é o “xis” da questão.
Tempo não é algo que se compre, que se vende ou que se troque. É preciso inteligência emocional para entender seu valor e usufruí-lo sem culpa.
Só sabe o valor do tempo quem, primeiro, precisou perdê-lo. Só pode falar de paciência, quem precisou esperar anos para alcançar um objetivo. Só entende de alívio, quem passou dias lutando pela cura. Só sabe falar de saudade, quem sofreu com a ausência de alguém que amava.
Para tanto, de todas as lições sobre o tempo, a maior delas é não perdê-lo com coisas desnecessárias, sejam elas preocupações, medos e amores fracos.
A sabedoria da vida está em viver intensamente a escassez do tempo e eternizar os momentos na mente. Afinal, serão somente eles que ficarão daqui há alguns anos.
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