Talvez meia dúzia de pessoas tente fazer com que tu mudes, enquanto outra meia dúzia te queira por perto exatamente pelo teu jeito peculiar;
Talvez meia dúzia tente atrapalhar tua caminhada e outra meia dúzia abra picada para facilitar teu percurso;
Talvez meia dúzia de pessoas tente roubar tua energia, enquanto outra meia dúzia se esgote por te doar a dela;
Talvez meia dúzia tente desconstruir tua história e outra meia dúzia veja, na tua vida, um exemplo de garra e sucesso;
Talvez meia dúzia de pessoas tente te constranger, enquanto outra meia dúzia faça o possível para te libertar;
Talvez meia dúzia de pessoas fique insatisfeita com teu trabalho e outra meia dúzia agradeça porque “tu vestes a camisa”;
Talvez meia dúzia tente te apagar da memória, enquanto outra meia dúzia te guarde num lugar especial;
Talvez meia dúzia de pessoas tente te destruir por pura inveja e outra meia dúzia se inspire em ti;
Talvez meia dúzia de pessoas tente ser falsa contigo, enquanto outra meia dúzia tente te dizer verdades que podem até doer, mas te ajudam a crescer e sair da zona de conforto;
Talvez meia dúzia tente te empurrar para o abismo e outra meia dúzia faça o que puder para te tirar da beira do precipício;
Talvez meia dúzia de pessoas tente mostrar que tua simpatia seja um problema, enquanto outra media dúzia diga que ela te abre portas e cativa;
Talvez meia dúzia de pessoas tente te desmotivar, mas outra meia dúzia te ajude a acreditar mais em ti;
Talvez meia dúzia tente mostrar que és encrenqueiro e outra meia dúzia perceba que teu jeito é ser questionador e visceral;
Talvez, possivelmente, quem sabe, isso tudo venha a acontecer contigo e talvez tu cogites a ideia de que a dúzia seja justamente formada pelo óbvio – pelas meias dúzias.
A dúzia é tua vida. As meias dúzias são as pessoas que surgem nessa vida…
Então nessa miscelânea toda de dúzia inteira pra lá e meias dúzias pra cá, surge a eterna busca por superar a si mesmo e não ao outro… Por ser a melhor versão de si.
Nessa intento, o que parece contribuir, de fato, são tanto essas meias dúzias, quanto a autoconsciência e a viagem interna, mas sempre com o olho ao redor.
Dizem que assim faz o camaleão, já que foca com um olho sua presa e, com o outro, mantem o foco no ambiente.
Assim, ao final desse ano de 2018, início do 2019, faço votos a ti, a mim e ao universo como um todo, que os anos porque passamos até hoje tenham nos ensinado que os que virão devem nascer cheios de caos e ordem, vida e morte, erro e acerto, perdão e força de vontade, com momentos de regozijo e outros de desejo que tudo termine o mais breve possível.
A vida é exatamente isso: o aqui agora, com temperos de passado e futuro, tudo marinado na dor e na alegria.
Não, eu não te envio votos somente de paz, amor e um ano novo próspero; eu te envio votos disso tudo, inclusive, mas também de que possas ter discernimento e FORÇA suficientes para entender que a vida é essa dúzia formada das meias dúzias que se expandem e se contraem.
Isso é movimento. Isso é constante devir. E a vida é o todo, enfim; ela acontece agora, já e jaz.