Sermos autênticos pode nos manter perto de poucos, mas com certeza estes poucos serão os melhores.
Logicamente, gostaríamos de que todo mundo gostasse de nós, de que qualquer pessoa nos achasse alguém agradável, como se fôssemos uma ótima companhia para todo mundo. Não sabemos lidar direito com rejeições de quaisquer tipos, seja no relacionamento pessoal, no trabalho, seja no amor.
No entanto, temos que nos conscientizar de que jamais conseguiremos agradar a todo mundo, simplesmente porque teremos que manter uma mesma postura, seja com quem estivermos, e nem sempre essa postura irá ao encontro do que o outro espera de nós. Cada pessoa possui as próprias verdades, determinados valores, enxergando o que o mundo tem a seu próprio modo. Uns valorizam o que outros desvalorizam. É a vida.
Com isso, a única forma de conseguirmos agradar quem quer que seja é moldando nosso comportamento de acordo com o ambiente em que estivermos, de acordo com as pessoas com quem convivermos. Porém, dessa forma, caso vistamos máscaras, de acordo com os espaços a que formos, deixaremos de ser nós mesmos, tornando-nos fantoches nas mãos de terceiros.
Quão penoso deve ser ter que engolir o que se pensa, vestir uma roupa incômoda, frequentar lugares que destoam da gente, somente para poder ser bonzinho e amiguinho das pessoas. A que custo? Às custas de nossa própria essência, de nossos gostos, nossas verdades, nosso jeito natural de ser e de viver? Isso é anular-se, apagar-se, tornar-se um fantasma, um zumbi, refém de gente que deveria nos aceitar como somos.
Num mundo cheio de cópias, de falsidade e de gente querendo ser o que não é, devemos manter nossa integridade, nossa essência, nossas verdades intactas, para que não sejamos apenas mais um em meio à multidão. Para que não sufoquemos os nossos sonhos por conta de forçarmos sorrisos para quem não merece, para quem não sabe nada de nossa vida, nem está interessado. Sermos autênticos pode nos manter perto de poucos, mas com certeza estes poucos serão os melhores.