Muitos pais podem sentir dificuldade quando precisam educar seus filhos, portanto, tendem a desejar que houvesse um “manual” para lidar com cada criança. Mas, para o pediatra Daniel Becker, bastaria que os pais, de fato, cultivassem seu relacionamento com os filhos por meio do olho no olho, do diálogo, da convivência etc.
Essas ações têm o poder de gerar intimidade e, por consequência, conhecimento daquilo que agrada, amedronta e incomoda as crianças e os jovens. Se o objetivo do manual é mostrar o caminho, é possível dizer que os pais possuem esse manual, basta tornar suas interações mais intensas (não em quantidade, necessariamente, mas em qualidade). A seguir, serão apresentadas maneiras de desenvolver essa proximidade entre os adultos e suas crianças.
- Convivência não é intimidade, pois esta supõe o conhecimento da outra pessoa, enquanto para aquela acontecer basta que passem tempo juntos em um mesmo ambiente (geralmente, a casa). Richard Swenson, médico pesquisador da Universidade de Wisconsin, afirma que depois que crescem, os filhos só se lembram do quanto foram amados e de quanto tempo de intimidade emocional eles tinham com os seus pais. Muitos dos adultos assumem um compromisso consigo mesmos de destinar tempo de qualidade para a família, mas a correria da vida cotidiana sempre distancia essa proposta dos seus dias reais. Então, além de ficarem sem tempo, os poucos momentos de descanso que possuem são gastados com outras atividades, e o entretenimento dos filhos é “terceirizado” (seja por profissionais, seja pelas redes sociais/meios tecnológicos).
- É necessário livrar-se das distrações para ter um bom momento juntos. Um filho consegue perceber se os pais estão ou não prestando atenção no que ele está dizendo. Para aqueles que querem melhorar isso, há outra estratégia além do olho no olho: as perguntas. É importante que os pais saibam os medos, as preocupações, as necessidades, o que os deixa irritados, seus sonhos, suas alegrias e o que esperam/sugerem que poderia ser melhorado em casa (exemplo: respeito a seu emocional, mais compreensão e mais expressões do amor).
- Reserve um dia no mês para realizar o “Dia da expressividade”, em que pais irão falar para seus filhos do que eles mais gostam. Isso gera jovens que reconhecem a sua valorização, sua necessidade de ser representados e clareza de que são amados.
- Entenda que a intimidade emocional é intencional, não sentimental. Por esse motivo, não virá aquela motivação que te deixa empolgado(a). Então, só resta a seguinte escolha: fazer um esforço. É preciso pagar o preço de uma boa educação para serem próximos de seus filhos.
Confira o post original: