Leo Fraiman em uma participação no programa Todo Seu, falou dentre outros assuntos sobre o uso da palmada na educação dos filhos. Confira abaixo a transcrição do trecho onde ele fala sobre.
“Em vinte e cinco anos trabalhando em meu consultório, eu nunca ouvi um homem ou uma mulher dizer: “Estou aqui porque eu tomei uns cascudos da minha mãe, porque meu pai me torceu a orelha quando eu fui malcriado”.
A lei da palmada tem a sua validade em casos onde há abuso continuado verbal. Por outro lado, há agressões que desgraçam a criança; infelizmente, tem muitos pais que maltratam fisicamente a esta. Porém, quem disser que nunca teve vontade de dar uma palmada ou de puxar a orelha da criança estará mentindo.
No mundo ideal, quando você perceber que a criança o(a) está tirando do eixo, segure-a nos dois ombros, olhe-a firmemente e diga: “Chega, acabou, você vai já para o quarto!” Isso impõe limites, pois trata-se de uma ação física de contenção com a qual você demonstra quem manda na casa.
Não há a necessidade de, a toda hora, “a mão voar”, porque, se você sempre resolve as situações com seu filho com violência física, quando ele tiver dez, onze anos e crescer, ele também irá agredi-lo(a), e isso é uma tragédia. Eu já vi isso em várias vezes, inclusive em famílias bacanas: o filho bate nos pais porque cresceu aprendendo que, diante do limite, não há regras. Então, quando esse menino ou menina cresce um pouco mais, ele ou ela enfrenta os pais.”
Transcrição feita e adaptada pelo Provocações Filosóficas do trecho do programa Todo Seu com Leo Fraiman.
Confira na integra:
Leo Fraiman é psicoterapeuta, supervisor clínico e diretor da clínica Leo Fraiman de Psicoterapia e Gestão de Carreiras, também é especialista em psicologia educacional e mestre em psicologia educacional e do desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo (USP).