O Supremo Tribunal Federal (STF) negou a possibilidade dos pais educarem seu filhos em casa, prática mais conhecida como homeschooling, essa decisão afetou cerca de 7,5 mil famílias que adotam a prática no Brasil, mas ainda resta uma saída, conseguir a aprovação no Congresso de uma lei que regulamente o ensino em casa. E essa é uma tarefa bastante difícil.” “Enquanto isso, de acordo com a decisão do STF do último dia 12 de setembro, as crianças devem ser matriculadas em escolas.”
A homeschooling esbarra também no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal, que prevê punição aos pais adeptos do ensino domiciliar por abandono intelectual, sob pena de multa ou detenção – que pode variar de 15 dias a um mês.
Confira o depoimento, retirado do site UOL Educação, de uma mãe adepta do homeschooling, confira.
Luciana Bento de Souza, mãe do Samuel de 4 nos diz: Ninguém melhor do que
eu para educar meu filho”, ele chegou a escola frequentar a escola, mas hoje ele estuda em casa sob as responsabilidades da mãe.
As metodologias de ensino não agradavam. “As escolas no Brasil, tanto as públicas
quanto as privadas, têm muito de as crianças novas só brincarem. Isso, para mim, é
um desperdício de tempo”, diz ela. “Claro que tem de brincar, mas por que eu não
posso ensinar meu filho brincando? Posso conduzir uma brincadeira a ponto de que
ele aprenda alguma coisa.”
Outro ponto é religioso. “Somos cristãos e temos nossos preceitos. Queria que ele
estivesse em um ambiente seguindo esses preceitos.”
Dentro de casa e em meio a cadernos e livros, Samuel já sabe ler e aprende agora
a desenhar letras cursivas. Demandas que, segundo a mãe, partiram do próprio
menino. O filho também faz outras atividades como judô e futebol e, antes de ir para
o parquinho no condomínio onde mora, em Guarulhos, na Grande São Paulo,
resolve problemas de lógica.
Para Luciana, não há déficit de socialização. “Ele tem muitos coleguinhas. Convive
com várias crianças, tem o pessoal da família e grupos de encontro de
homeschooling.” Ela considerava até esta quarta-feira, 12, que uma decisão
favorável ao ensino domiciliar seria um alívio para a família. “Queremos que haja
um respaldo, um papel que nos deixe tranquilos.”
O que você acha a respeito de ensinar seus filhos em casa?