Depressão não escolhe ninguém a dedo. É ingrata e tem o poder de aniquilar aquela vontade de viver. É o mal do mal com vários sintomas… Não é apenas chorar vinte e quatro horas por dia, ficar deitado, se sentir apático ou triste. É não ter vontade. É não ver beleza nos dias. É dormir muito e não dormir. É ter pensamentos ruins. É sorrir forçado para disfarçar. É não sorrir. É ter a sensação de estar perdido. É não se sentir satisfeito. É querer sair por aí e comprar tudo. É não se distrair. É não ter emoções ou sentimentos. É não focar em nada…

Ela pode aparecer em qualquer fase da vida e não escolhe idade. Ela se instala, se apropria de nós, sem qualquer licença e sem ser convidada. Às vezes, ela chega de mansinho, aos poucos, e só é percebida depois de tantos sintomas juntos. Ela pode chegar, de repente, exterminando nossa alegria. Ela não escolhe ninguém a dedo, simplesmente surge porque é ingrata e tem o poder de aniquilar aquela vontade de viver… Essa maldita “depressão” é autoritária e temida. Para alguns não representa nada, é apenas uma “doencinha”. Sim, uma “doencinha” enquanto não vivemos essa peste no nosso dia a dia.

A depressão tem vários sintomas, vários alertas. Depressão não é apenas chorar vinte e quatro horas por dia, ficar deitado, se sentir apático ou triste. É não ter vontade. É não ver beleza nos dias. É dormir muito e não dormir. É ter pensamentos ruins. É sorrir forçado para disfarçar. É não sorrir. É ter a sensação de estar perdido. É não se sentir satisfeito. É querer sair por aí e comprar tudo. É não se distrair. É não ter emoções ou sentimentos. É não focar em nada. É comer muito, pouco ou nada. É emagrecer ou engordar sem qualquer problema físico. É sentir dores abdominais, ter flatulências. Ter problemas digestivos. É sentir dor de cabeça, como a cefaleia. É sentir medo… São sintomas… E sintomas…

A doença da vida contemporânea, talvez, a do século, pode ser física, emocional, comportamental ou sei lá. Pode ser sem explicação e por ser tão sem noção, existem alguns tipos: depressão pós parto, depressão major, depressão bipolar, depressão reativa, distimia, depressão atípica, depressão afetivo sazonal, síndrome pré-menstrual, depressão psicótica, etc. Todas esses tipos carregam sintomas similares, sintomas demais, sintomas de menos ou um emaranhado de sintomas.

Depressão é o vazio do vazio. É tão ordinária. Não escolhe classe social, religião ou cultura. Chega, se instala e nos fragiliza sem qualquer escrúpulo ou pudor. É o mal do mal. É medíocre, malévola, que nos impõem medicações, terapias e terapias alternativas. Alguns, infelizmente, precisam de internações e cuidados com medicações controladas uma vida toda.

Depressão não é frescura. Não é falta de um alguém ou sexo. Não é patético ou dramático. Não é falta de Deus e nem de religião. Apenas é, sem culpa de ninguém. Existem explicações em alguns casos: extremo estresse, perdas, desequilíbrio na química cerebral, alterações hormonais, etc… E também não há qualquer desculpa, apenas aparece para nos desequilibrar. Não existe qualquer culpa ou vergonha. Não deve ser motivo para piadinhas de mal gosto.

Vários vídeos, entrevistas, reportagens e depoimentos sobre a depressão circulam a rede, vem para o Whatsapp, o Facebook e e-mail… Quem sabe, agora, você pare de julgar ou rotular o que não conhece. Dê graças a DEUS, se sinta abençoado e feliz por não estar vivendo o vazio do vazio. Seja grato a vida por estar livre das garras dessa peste que tem assolado vidas, tem inibido o gosto de viver de muitos e tantas outras se matam. Que tal pararmos com os julgamentos obscuros daquilo que não conhecemos para a libertação do entendimento e aceitação do outro?