Você já se perguntou por que algumas pessoas se casam e depois se tornam infelizes? Você já ouviu falar da frase “Casar significa fazer todo o possível para se tornar objeto de repulsa para o outro”? Essa frase foi dita pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer, que tinha uma visão muito pessimista sobre o amor e o casamento. Neste artigo, vamos explorar o pensamento de Schopenhauer sobre esse tema e ver se ele tem alguma razão ou não.
Schopenhauer era um filósofo que acreditava que a vida era sofrimento e que o ser humano era movido por uma vontade irracional e cega. Essa vontade seria a força que nos impulsiona a buscar prazer e evitar dor, mas que nunca nos satisfaz plenamente. Para Schopenhauer, o amor era uma manifestação dessa vontade, que nos fazia desejar alguém para procriar e perpetuar a espécie. O amor seria, então, uma ilusão que nos engana sobre a verdadeira natureza do outro e de nós mesmos.
Segundo Schopenhauer, o amor é um mal necessário, pois sem ele não haveria continuidade da vida. No entanto, ele também é uma fonte de sofrimento, pois nos faz depender de alguém que pode nos decepcionar, trair ou abandonar. Além disso, o amor nos faz perder a liberdade e a individualidade, pois nos obriga a fazer concessões e sacrifícios pelo outro. O casamento seria a instituição que formaliza essa dependência e essa renúncia, tornando-nos objetos de repulsa para o outro.
Para Schopenhauer, o casamento é uma armadilha que nos prende a alguém que não conhecemos realmente e que não nos ama como imaginamos. Ele diz que as pessoas se casam por paixão, mas depois descobrem os defeitos e as diferenças do outro, que geram conflitos e desgastes. Ele também diz que as pessoas se casam por interesse, mas depois percebem que não há felicidade na riqueza ou na conveniência. Ele ainda diz que as pessoas se casam por dever, mas depois sentem falta da liberdade e da variedade.
Schopenhauer era um defensor da solteirice e da busca de novos amores quando um relacionamento acabava. Ele achava que não devíamos sofrer tanto por amor nem esperar demais dele. Ele também achava que não devíamos nos prender a uma pessoa só nem acreditar no amor eterno. Ele dizia que o amor era instável, passageiro e ilusório, e que devíamos aproveitá-lo enquanto durasse, sem culpas nem arrependimentos.
Mas será que Schopenhauer estava certo? Será que o amor é mesmo um mal necessário? Será que o casamento é mesmo uma armadilha? Será que não há felicidade nem realização na vida a dois? Essas são perguntas difíceis de responder, pois dependem da experiência e da opinião de cada um. Talvez Schopenhauer fosse um ranzinza que nunca encontrou alguém que o amasse de verdade. Talvez ele fosse um sábio que nos alertou sobre os perigos do amor e do casamento. Talvez ele fosse um pouco dos dois.
O fato é que Schopenhauer nos faz refletir sobre o sentido do amor e do casamento na nossa sociedade. Ele nos faz questionar se estamos buscando o amor pelos motivos certos ou se estamos nos enganando sobre ele. Ele nos faz pensar se estamos felizes com o nosso parceiro ou se estamos insatisfeitos com ele. Ele nos faz avaliar se vale a pena se casar ou se é melhor ficar solteiro. Ele nos faz escolher entre seguir a nossa vontade ou resistir a ela.