O texto é polêmico mesmo, não porque traz assuntos voltados  à vida alheia, sexo ou fofocas, mas porque leva o leitor a refletir sobre a própria condição humana e nos faz pensar sobre quem somos, e o que estamos fazendo com a própria vida.

Uns chamam de lei do retorno, outros de karma, outros de sina, mas a verdade é que depois de algumas experiências, aprendi a acreditar em destino. Não que eu vá cruzar os braços e creditar a ele toda a responsabilidade da minha vida,  mas que ele existe e exerce uma influência considerável nas coisas, ahhhh….exerce!

Destino é uma coisa misteriosa. Se por um lado estamos à mercê de suas escolhas, por outro não podemos culpá-lo por todas as escolhas erradas que fazemos. Na verdade, funciona assim: somos formados metade pelo acaso e metade pelas consequências das decisões. E, isso, inclui os relacionamentos amorosos que escolhemos viver. O famoso autor estudiense Henry David Thoreau dizia que “o que um homem pensa de si, é o que determina ou, melhor, indica seu destino”.

A verdade é que o destino vive em queda de braço conosco. Colocando à prova nossa paciência, nossa moral e nosso autocontrole para, no final, dar o que, realmente, merecemos. É como se fossemos os arquitetos dos próprios sonhos e o destino o mestre de obra, em outras palavras: podemos até planejar, mas sem ele, os planos não acontecem.

De forma alusiva, Fernando Pessoa, comparava o destino a um rio: ““Eu já disse, mas vou repetir: não se represa um rio, não se engana a natureza, faça a represa o que quiser, pois o rio cedo ou tarde vai arranjar um jeito de rasgar a terra, abrir um caminho, e voltar a correr em seu leito de origem”. E assim é a vida: não se força, não se “dá um jeitinho”, não se trapaceia. O que tem que ser, acontecerá como estiver escrito e, talvez seja isso, o que mais nos assusta.

Destino também é merecimento. É entender que tudo tem um motivo e um tempo e que, até da maior dor, podemos tirar a maior aprendizagem. Quando entendemos que não tomar todas as decisões do mundo não geramos expectativas e, consequentemente, não sofremos tanto.

Nem toda ansiedade faz um plano mudar. Nem toda beleza pode fazer alguém se apaixonar. Nem toda autoridade faz alguém te obedecer. Por isso, às vezes, encontrar um grande amor, uma grande oportunidade ou um grande negócio é só uma questão de destino.