Em um trecho de uma palestra postada no YouTube, Leandro Karnal comenta de maneira divertida sobre algumas diferenças no comportamento entre homens e mulheres. Confira abaixo a transcrição do vídeo.
“Você senta-se numa cadeira em determinada sala, sai de lá e depois retorna. Se alguém se sentou no lugar em que você anteriormente se sentara você estranha. “Pegou o meu lugar.” Já se cria uma zona de conforto numa cadeira que não lhe pertence, num espaço que não lhe pertence.
Eu acho que os homens são ainda mais inclinados à zona de conforto. Homens, para serem felizes, precisam de televisão e comida. Tendo essas duas coisas, eles vão às bodas de ouro facilmente. São as mulheres que querem carinho, afeto, discussão, relação etc. Os homens precisam de comida e de televisão porque eles são capazes de possuir uma zona cerebral vazia que é única, que não pensa em nada.
Já foi dito que a diferença entre o cérebro feminino e masculino é que o feminino é uma caixa única de onde, ao puxar-se alguma coisa, vem junto tudo (absolutamente tudo). E o cérebro masculino está dividido em caixas que separam, por exemplo, afeto de s*xo, mas, acima de tudo, há uma caixa vazia que permite ao homem pescar, por exemplo. Pescar é o exercício do vazio absoluto.
Quando as mulheres perguntam “Em que você está pensando?” e os homens respondem “Nada” é verdade. Os homens têm certo potencial de vazio enquanto todas as mulheres que conheci nunca não pensam em alguma coisa, ou seja, elas estão pensando o tempo todo. São cabeças sempre em atividade. O vazio é masculino (tem relação, eu acho, com a testosterona) ou, como diria minha avó, os homens têm duas cabeças, mas sangue só enche uma delas de cada vez. Quando enche uma, a outra entra em colapso, o que explica muita coisa.”
Transcrição feita e adaptada pelo Provocações Filosóficas do vídeo: O Cérebro Feminino e o Cérebro Masculino
Confira na íntegra:
Leandro Karnal (São Leopoldo, 1º de fevereiro de 1963) é um historiador brasileiro, atualmente professor da UNICAMP na área de História da América. Foi também curador de diversas exposições, como A Escrita da Memória, em São Paulo, tendo colaborado ainda na elaboração curatorial de museus, como o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.