A não ser que você seja um grande fã de Platão e das obras de Shakespeare, as paixões platônicas não são uma boa opção de relacionamentos. Elas fogem da normalidade, machucam e tiram a paz de quem as sentem.
O conselho é clichê, mas é uma das maiores verdades que há: não existe amor sem reciprocidade. Você pode ler todos os artigos sobre “como conquistar alguém”, pode ser a pessoa mais encantadora do mundo e pode ter viajado o mundo todo, mas não serão essas as atitudes que farão alguém gostar de você. E o motivo é simples: as pessoas são livres para amarem quem quiserem.
Por comodismo ou medo, as pessoas permanecem em relacionamentos frios e predestinados a fracassar. Insistem até o último momento porque o rótulo de “relacionamento sério” é o que mais importa. A sociedade está acostumada a um amor de novelas, aos turbilhões de sentimentos e ao frio na barriga na escala fahrenheit. Dão mais valor ao “eu te amo” do que as atitudes que comprovem a frase.
Algumas pessoas, simplesmente, não valem o esforço. Não valem as noites mal dormidas, os encontros cancelados, nem as indiretas no facebook. Quando há interesse é quase automático o ato de “fazer acontecer”. Quem quer, dá um jeito de ter. Quem se importa, volta para se desculpar. Quem ama demonstra.
Então, meça suas ações e verifique se a oferta não está maior que a procura. Não insista quando perceber que você não é prioridade, nem arrume desculpas para o desinteresse alheio. Há pessoas que simplesmente não valem a música que você dedicou a ela.
Dias atrás li um texto do Carpinejar que me fez refletir sobre isso: “A indiferença é uma doença muito mais grave. Alguém que não está aí para o que faz ou não faz, para onde vai e quando volta. De solidão, chega a do ventre que durou nove meses.”
Seja recíproco: dê o que você espera receber do outro, mas não insista no que não é dado de forma espontânea. Algumas coisas não valem o esforço que fazemos.