Temos que parar de correr atrás de quem mal se lembra de nossa existência; de ficar alimentando esperanças em relação a situações que não têm mais jeito; de confiar em quem já nos provou que não é confiável; de criar expectativas em relação a gente que não retorna um nada; de amar quem apenas nos usa.
Os dias nos trazem sempre novas chances, pensamentos renovados, tranquilidade retomada, para que possamos refletir sobre nossas vidas com mais clareza. O amanhã sempre será um momento em que poderemos repensar o que estamos fazendo, para que possamos mudar o rumo de nossas ações, para pararmos de colher decepções.
Infelizmente, é muito difícil mudarmos o rumo de nossos passos, uma vez que costumamos nos apegar às pessoas e às coisas, mesmo ao que faz mal, ou ao que nada provoca. E essa mania de manter junto o que já deveria ter sido descartado há tempos emperra mais e mais o nosso caminhar. Por mais que doa, é preciso que nos desprendamos dos pesos e dos vazios que nada têm a nos acrescentar.
Temos que parar de correr atrás de quem mal se lembra de nossa existência; de ficar alimentando esperanças em relação a situações que não têm mais jeito; de confiar em quem já nos provou que não é confiável; de criar expectativas em relação a gente que não retorna um nada; de amar quem apenas nos usa. Precisamos analisar as nossas atitudes, para tentar entender se as dores que sofremos vêm de nós mesmos ou do que tanto prezamos lá fora.
Romper com as pessoas que nos atrasam a vida e não repetir situações que nos fazem mal será complicado, mas vital. Complicado porque nossos sentimentos, muitas vezes, confundem-nos, colocando carinho junto ao que achávamos que a pessoa era e não é; colocando saudade de ocasiões que achávamos serem especiais e não são. Como dizem, não faz mal tropeçar, mas sim apegar-se à pedra.
A vida nos presenteia a cada amanhecer, oportunizando-nos novas chances, outras oportunidades, colocando-nos, à frente, recomeços que dependem apenas de nossa força de vontade e disposição. Mesmo assim, muitos de nós acordamos olhando para trás, tendo saudades do que já deveria estar enterrado, alimentando esperanças vãs de que o que não muda irá mudar. Se não olharmos lá na frente, o que teremos será sempre o ontem – e nem sempre o ontem deverá ficar.